Português põe à venda ilha em que 75% da área fica debaixo d'água com maré

Um incorporador português anunciou a venda de uma ilha de 540 hectares (5,4 km²) em Aveiro, na costa de Portugal, por € 8 milhões (R$ 4 o metro quadrado).
O anúncio, publicado apenas em jornais brasileiros, oferece ao comprador o pagamento de 60% do valor em bens e imóveis no Brasil.
A intenção do anunciante, Manuel Cascão, é justamente aumentar seus investimentos no Brasil. A ilha de Monte Farinha, que ele pretende vender, tem potencial para um empreendimento turístico, segundo o incorporador.
Cascão afirma que há cinco interessados e três deles já planejam uma visita à ilha.
Rui Silva, que realizou o estudo topográfico da ilha, alerta para o fato de que 75% do território fica alagado quando a maré sobe.
A ilha, diz ele, é plana e possui canais em toda a sua extensão, que permitem a entrada de água, o que torna o solo pantanoso.
"Quem quiser construir lá terá que gastar muito dinheiro para a água ficar fora da ilha", afirma.
Editoria de Arte/Folhapress
Ou seja, alguém interessado em fazer um empreendimento teria de se dedicar à construção de drenos, aterros e muros para impedir a entrada do mar -a maré alcança 3,5 metros na cheia. Já Cascão afirma que os 540 hectares divulgados não incluem os trechos que ficam submersos na maré alta.
Para construir na ilha, é necessária uma autorização especial, a PIN (Projeto de Interesse Nacional).
A advogada portuguesa Joana Abreu afirma que a venda de uma ilha, teoricamente, depende de autorização junto a autoridades do país.
A Camin, incorporadora de Cascão, já havia feito um projeto inicial para um "ecoresort" no local, mas desistiu para dar prioridade a outros projetos, segundo ele.


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