Com a divulgação do espelho da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, o estudante paraibano Francinaldo Guedes Pereira, de 16 anos, teve acesso a detalhes da correção da prova. O adolescente tirou 600 pontos na redação mesmo após ter escrito na prova uma brincadeira sobre a data do aniversário dele. Para Francinaldo, a nota que lhe foi atribuída não foi justa com outros candidatos que se dedicaram mais que ele.
"Esse tipo de propaganda no Brasil é permitido, são proibidos em alguns países porque a propaganda infantil é vista como atração de crianças a despertarem um querer pelo produto proposto. Que tem essa finalidade porque é meu niver”, escreveu o rapaz no texto, brincando com a data do aniversário dele, que foi no mesmo dia da prova.
Francinaldo teve cada uma das cinco competências que são avaliadas no Enem pontuadas com a mesma nota: 120 pontos, o que corresponde a 60% da nota máxima de 200 pontos. Porém, a redação dele deveria ter sido anulada, uma vez que no edital do exame consta que a redação “que apresente parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto” será considerada nula.
O adolescente disse que fez o Enem no ano passado apenas para testar os conhecimentos, porque está cursando o 3º ano do ensino médio apenas este ano. O estudante acredita que vários outros erros em redações não foram percebidos pela banca examinadora. “Dentre milhões de redações há poucos corretores. Sendo passado despercebido esse meu erro, é quase certeza ter erros em todas as edições do exame”, disse o garoto.
Francinaldo, que mora no município de Aguiar, no Sertão da Paraíba, explicou que vai levar o Enem a sério em 2015 e não vai repetir a brincadeira. Ele ainda não tem certeza do curso que quer fazer, mas está estudando a possibilidade de tentar uma vaga para o curso de sistemas de informação ou para jornalismo.
As competências avaliadas no Enem são demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
fonte: brmaster
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