Não é por falta de criatividade que as igrejas deixarão de arrecadar
dinheiro dos seus fiéis. Maior exemplo de inovação é o missionário
R.R.Soares, líder da Igreja Internacional da Graça, que acaba de lançar
uma nova modalidade de coleta de dízimo, por meio de débito automático
em conta-corrente.
Segundo Soares divulgou em seu programa na Band, o membro da igreja
poderá fazer suas doações mensalmente de forma mais prática. Para isso o
fiel deve preencher um cadastro nos sites da igreja e passar seus dados
bancários.
É o doador, afirma Soares, quem decide quanto quer doar. Quem se
cadastrar, diz ele, ganha "um brinde de Jesus", sem dizer o que é.
O missionário garante ainda que, se por acaso o doador não tiver saldo
num determinado mês para dar o dízimo automático, ele não será debitado e
"o fiel não será incluído no SPC ou no Serasa". A doação mensal voltará
a ser debitada no mês seguinte, sem acumular a que não foi paga.
Para criar o "dízimo em conta corrente", a Igreja Internacional da Graça firmou parceria com Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.
"Heaven Card"
Além do dízimo automático, o pastor R.R.Soares também lançou o cartão de
crédito da Igreja Internacional da Graça de Deus. Entre outras
vantagens, o cartão permite pagar as compras "em até 40 dias, financiar
no crédito rotativo e fazer saques de emergência no Brasil e exterior".
Segundo a igreja, o cartão "é mais uma forma de você contribuir com as
ações e obras sociais da igreja". Além da Internacional da Graça, a
Universal e a Mundial também aceitam o pagamento de dízimos e doações
por meio de cartão de crédito e débito. As operações são legais.
Romildo Ribeiro Soares, 64, é cunhado de Edir Macedo (casado com a irmã
de Macedo, Maria Magdalena) e co-fundador da Igreja Universal do Reino
de Deus. Deixou o parente por suposta divergência no final dos anos 70 e
criou sua própria igreja em 1980.
Sua igreja tem negócios com várias emissoras, de quem compra horários, e
também é proprietária de uma operadora de TV paga, cujos pacotes não
oferecem nenhum canal que exiba cenas de violência, erotismo ou tenha
linguajar chulo.
Fonte: Folha
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