Uma questão ficou martelando nas cabecinhas de pesquisadores da
Universidade de Wroclaw, na Polônia: por que algumas pessoas escolhem se
tatuar e outras não? Tem gente que adora e gente que odeia tatuagem, naturalmente, mas essa escolha seria só uma questão de gosto mesmo, ou haveria alguma razão biológica por trás do impulso de tatuar a pele?
Eles, então, recrutaram cerca de 200 homens e mulheres (metade com
tatuagens ou piercings em alguma parte do corpo) e começaram a medir a simetria
entre os dois lados do corpo de cada um — se a mão direita era do mesmo
tamanho que a esquerda, por exemplo (a ciência aponta que a simetria
corporal é um bom indicador de saúde genética).
Eis que, entre os participantes, os homens que tinham tatuagens ou
piercings eram mais simétricos do que os que não tinham (entre as
mulheres, não houve diferença). Sabendo disso, o raciocínio dos
responsáveis pelo estudo foi esse: ser furado por uma agulha pode colocar a saúde em perigo. Se não for feito tudo direitinho, você pode ganhar uma infecção, e até morrer. Então, só aqueles com qualidade biológica, ou seja, um organismo
especialmente forte, se permitem o risco. Algo do tipo: se os seus
ancestrais foram fortes o bastante para aguentarem ferimentos e
sobreviverem (ao contrário daqueles que sobreviveram EVITANDO os
riscos), eles passaram, geneticamente, essa “força” para você. Nesse
caso, seu corpo sabe que você segura a onda. E você não hesita na hora de se mandar para o estúdio de tattoo.
E aí, o que você achou da explicação? Tatuados, vocês bem curtiram, né?
Fonte: Ciência Maluca
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